comecei 2014 pegando fogo -- será por isso que brasólia está neste calor infernal?
enfim, o 1º livro do ano é dele, Almodóvar, que admiro furiosamente pela habilidade em deixar a porta da insanidade mental sempre destrancada.
um amigo me emprestou Fogo nas Entranhas, já rindo, sabendo que não possibilidade de eu não gostar. apesar de ficar extremamente decepcionada por ter sido previsível, não havia a menor chance de eu não cair de amores.
aproveitei o meu voo Fortaleza-Guarulhos (a 1ª parte do meu pau de arara para voltar pra casa, não tá fá$$il pra ninguém) para me deleitar com a narrativa quebrada, mas característica dele.
antes de chegar em Sampa, eu já o tinha devorado, e já estava louca para passar para o seguinte (próximo post). fiquei tão doida que esqueci meu celular dentro do avião, tive que voltar (achei, ufa!) para a aeronave e pegar o transporte dos comissários/pilotos (não pude deixar de me lembrar de Los Amantes Pasajeros e o povo devia achar que eu era meio psicopata, por estar rindo daquele jeito).
voltando ao livro, conta-se a história do chinês Ming e das mulheres que passaram em sua vida (e o deixaram), em Madri. ele tinha uma fábrica de absorventes chamada "Chu Ming Ho", e tinha um interesse redundante por tudo o que dizia respeito a mulheres e ao seu trabalho.
ele explica que, após a revolução sexual dos anos 60, "as mulheres, especialmente, tinham começado a viver de forma mais intensa. o período de menstruação já não podia ser obstáculo para uma existência intrépida!"
baseando-se nisso e no provérbio chinês que diz que o demônio caminha em linha reta, e evitar as retas é uma forma de debochar dos demônios, construiu a sua fábrica quase como um labirinto, e a encheu de mulheres.
um belo dia, após ser abandonado mais uma vez, ele resolve se vingar dessas "ingratas" e a catinga de bacurinha queimada sobe!
não vou dar mais spoilers, apenas recomendo a leitura furiosamente, de preferência, em um lugar onde se possa rir com vontade!
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