para abrir 2014 muito bem (cinematograficamente falando), me dei de presente a incrível Meryl Streep e grande elenco, em Álbum de Família.
não é um filme fácil, absolutamente!
também não foi muito fácil assisti-lo ao lado da minha mãe, especialmente porque o recorte da história gira ao redor de uma morte súbita, e tivemos uma experiência relativamente recente na minha família.
saindo do mundo das digressões, achei incrível o retrato da família falida, cheia de segredos, rancores e problemas, mostrado a nós sem pudores (e, aparentemente, sem maquiagem, dadas as rugas tão fortemente exploradas de cada personagem).
as três filhas (Julia Roberts, Julianne Nicholson e Julliet Lewis) fazem jus, interpretativamente, à mãe, e tornam o filme ainda mais avassalador!
mas o que acho mais digno de nota é reparar numa quebra que está ocorrendo no cinema americano, de uns tempos pra cá: parece que deixaram um pouco de lado a procura incessante e pouco verossímil pelo eterno final feliz!
antes era como moralizassem tudo, para, a cada película, mostrar o passo-a-passo para o sucesso (com produções quase de auto-ajuda)... o final acabava se tornando mais importante do que o meio!
se as únicas certezas de que temos são nascer e morrer, a arte está no caminhar entre esses dois pontos, não?
assistir a um filme que não se preocupa em ser bastião de moralidade é um deleite, e a inteligência de quem vai ao cinema agradece :)
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