atravessei a tarde inteira, de sala em sala de cinema, para chegar ao terceiro.
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soma-se a isso o fato de que eu só havia visto do Lars Von Trier o Dançando no Escuro, que quase me desmanchou em lágrimas, fazendo com que eu precisasse ficar sozinha (uma noite inteira), para me recompor -- o que frustrou uma possível volta de um namoro que não devia mesmo ter sobrevida (obrigada pelo timing, amigow!) --, e eu estava curiosíssima pelo filme.
o problema é que eu não consegui prestar muita atenção no começo, porque um baitola levou um galeto enrolado em 5 metros de papel alumínio, e ficou fazendo um barulho demoníaco pra desembrulhar a marmita e depois ficou se agarrando com a embalagem um bom tempo, aquele puto!
voltando ao filme, fiquei impressionada com a educação da sala (exceto pelo barulhento da fileira atrás da minha), pois ninguém falou nada do tempo em que a tela ficou preta, no começo.
não vou ficar aqui falando sobre o conteúdo do filme, porque acho que todo mundo mais ou menos já sabe: é a narrativa da vida de uma ninfomaníaca.
mas o que me encantou com o filme foram as metáforas que conduziram o enredo, e que, tirando o senhorzinho que passou mal na sessão, aqui em brasólia, acredito ser senso comum que o filme não é um mero pornô, como muitos propagavam antes da estreia.
mesmo com a Uma Thurman roubando a cena, Stellan Skarsgård, Shia LaBeouf e Christian Slater também merecem destaque no elenco de excelentes atores.
o filme fez muito bem o seu papel em instigar o público a querer ver o 2º Volume (com estreia prevista para março agora), e estou particularmente curiosa para entender, afinal, o que pode ter ocorrido para que a protagonista, que aparece nos seus relatos como alguém que só se interessa pelo seu próprio prazer e por si, demonstrar tanto desprezo por tudo o que viveu [SPOILER ALERT: especialmente após a reação dela com a morte do pai].
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