quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

C07 - Ninfomaníaca



atravessei a tarde inteira, de sala em sala de cinema, para chegar ao terceiro.

♥ ♥ ♥
deixei passar algumas semanas da estreia, mesmo sabendo que iria chegar até a sessão contaminada com as opiniões (com fundamento ou não) que eu visse por aí, como várias pessoas fazendo piadas do tipo "fulaninho vai ficar mais traumatizado que os filhos da Uma Thurman, no Ninfomaníaca" (e eu imaginando uma cena fudidaça de sexo, capaz de traumatizar as famílias -- aloka!) ou as paródias do cartaz :P

soma-se a isso o fato de que eu só havia visto do Lars Von Trier o Dançando no Escuro, que quase me desmanchou em lágrimas, fazendo com que eu precisasse ficar sozinha (uma noite inteira), para me recompor -- o que frustrou uma possível volta de um namoro que não devia mesmo ter sobrevida (obrigada pelo timing, amigow!) --, e eu estava curiosíssima pelo filme.

o problema é que eu não consegui prestar muita atenção no começo, porque um baitola levou um galeto enrolado em 5 metros de papel alumínio, e ficou fazendo um barulho demoníaco pra desembrulhar a marmita e depois ficou se agarrando com a embalagem um bom tempo, aquele puto!

voltando ao filme, fiquei impressionada com a educação da sala (exceto pelo barulhento da fileira atrás da minha), pois ninguém falou nada do tempo em que a tela ficou preta, no começo.

não vou ficar aqui falando sobre o conteúdo do filme, porque acho que todo mundo mais ou menos já sabe: é a narrativa da vida de uma ninfomaníaca.

mas o que me encantou com o filme foram as metáforas que conduziram o enredo, e que, tirando o senhorzinho que passou mal na sessão, aqui em brasólia, acredito ser senso comum que o filme não é um mero pornô, como muitos propagavam antes da estreia.

mesmo com a Uma Thurman roubando a cena, Stellan Skarsgård, Shia LaBeouf e Christian Slater também merecem destaque no elenco de excelentes atores.

o filme fez muito bem o seu papel em instigar o público a querer ver o 2º Volume (com estreia prevista para março agora), e estou particularmente curiosa para entender, afinal, o que pode ter ocorrido para que a protagonista, que aparece nos seus relatos como alguém que só se interessa pelo seu próprio prazer e por si, demonstrar tanto desprezo por tudo o que viveu [SPOILER ALERT: especialmente após a reação dela com a morte do pai].

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