sábado passado fugi pra assistir Trapaça, antes de voltar à rotina que eu deveria ter (mas que ainda mal comecei) de estudar para os concursos "em cartaz" até o final do primeiro semestre.
eu estava me remoendo de remorsos por estar fora da biblioteca naquele começo de tarde, mas, quando entrei na fila pra comprar o ingresso, reconheci a pessoa que estava na minha frente, no Casa Park.
pra algumas coisas, como diz a minha avó, eu sou muito "muderna", mas, pra outras, sou extremamente desconfiada... e se tem algo com o que eu tenho um receio monstruoso é de entrar em aplicativos ou salas de bate-papo, com o objetivo de conhecer pessoas!
sou old-fashioned nesse quesito, nunca prescindi de olho no olho, de "bater o santo" ao vivo, de ter alguém a quem eu possa referenciar a criatura que estou conhecendo... ser amigo dos meus amigos próximos é um excelente cartão de visitas (mas não se sustenta sem que a pessoa tenha alguma substância).
por isso, assumo que mordi a língua ("dicunforça") com o twitter. pode parecer óbvio para os usuários mais massivos, mas eu comecei a seguir algumas pessoas, conhecer o seu senso de humor e de escrita (e me encantar com a loucura alheia), e comecei a seguir alguns que os primeiros seguiam, por compatibilidade de gênios...
assim, não me lembro ao certo de como cheguei até o @philosopop, mas sei porque continuei: dono de um humor impecável e ferino (meu número!), analista de realities shows (não só as bagaceiras brasileiras) e de o que mais cair na sua mente/frente, tem o "agravante" de também morar em brasólia.
quando o vi, na fila do ingresso, nem titubeei em fazer o momento tiete e conversamos um tempo sobre a vida em brasólia, cinema, realities e afins, junto do também gente finíssima @danielcouri :)
o mais interessante disso tudo foi vivenciar a inversão da ordem padrão de se conhecer pessoas, e a compreensão de que, há muito, as redes sociais se tornaram um emaranhado de relações, interesses e possibilidades.
eles foram assistir a outra sessão e eu fui para a sala, ver o meu filme, ainda rindo por dentro, do que tinha acabado de acontecer...
como eu havia dito pra eles, estava curiosíssima para descobrir se o Christian Bale havia feito fono (ele mal abria a boca para falar, no Batman), e fui surpreendida (para o bem) com a sua atuação -- quem sabe, agora, eu consiga ver O Vencedor, que também é do David O. Russel, sem grandes preconceitos com o protagonista?
outro merecido destaque a ser feito é para Amy Adams, incrível, e que, junto do Christian Bale, conseguiram ofuscar Jennifer Lawrence e Bradley Cooper (também favoritos do diretor, atuaram juntos em O Lado Bom da Vida, rendendo a ela o Oscar de Melhor Atriz).
além da trilha sonora maravilhosa e do figurino impecável, preciso assumir a minha tendência a torcer pelos que vivem fora da moral: há quem viva sob regras e as siga à risca, mas há quem conviva com elas de forma fluida, percebendo os seus furos e se desgarrando da boiada.
por isso, amo tanto os vigaristas, os desajustados, aqueles que tinham tudo para serem uma mera carcaça, mas que, ao contrário, se rebelam!
mais do que apenas sobreviver, os que saem do roteiro verdadeiramente vivem!
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