domingo, 2 de março de 2014

L05 - O Espadachim de Carvão

ano passado eu fui assistir Girl Most Likely (Minha Vida dava um Filme), com a maravilhosa Kristen Wiig (gostei muito, apesar de achar que ele teria sido muito melhor se tivesse terminado 2 minutos antes) e, enquanto esperava a sessão começar (fui bem mais cedo, pra conseguir um lugar tranquilo para estacionar), resolvi ouvir o Nerdcast sobre Literatura Fantástica Brasileira, e a mistura mexeu muito comigo.

essa combinação me despertou a ideia de voltar a escrever (este blog é um produto desta epifania, inclusive), fechar alguns projetos antigos e, quem sabe, num futuro ainda sem prazo, catalogar o redemoinho que habita a minha cabeça em algo tangível.

voltando ao Nerdcast, de cara, já fiquei curiosíssima com todos os livros, especialmente depois das falas dos autores, mas o que entrou na lista primeiro foi O Espadachim de Carvão, do Affonso Solano.

finalmente consegui me organizar pra lê-lo e adorei -- sei que havia muito pouca chance de eu não gostar, pois, além de literatura fantástica ser o meu gênero favorito,  a narrativa é bem escrita, envolvente, rica, e muito bem amarrada.

Adapak descobrindo Kurgala nos leva nesta viagem para que nós também entremos neste mundo de cabeça. as conversas dele com o seu pai e com os seus tutores são bem interessantes, e dignas de serem relidas (vou me guardar para voltar à Kurgala quando o segundo livro for lançado, para ler os dois de uma vez só).

outro ponto de que gostei foi da escolha no número de entidades divinas -- enquanto a maioria dos livros fantásticos oscila entre os cabalísticos 3 ou 7, é muito raro colocarem 4. eu gosto da dinâmica de 4 figuras de autoridade, remete-me à perfeição do quadrado -- sei que podia ser um trapézio ou um losango, mas imaginei um quadrado pois, se houvesse um superior ao outro, não havia necessidade de se nomear os subjugados (perdão pela confusão matemática, ainda tô meio bêbada, e os números resolvem sair pelos poros).

além disso, a cadência de cronologia não linear consegue despertar uma vontade louca de xingar o autor por deixar o capítulo anterior no acorde suspenso, mas esta vontade passa rápido. e volta no final do próximo capítulo. e passa. e estou agora no limbo, esperando o próximo livro.

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